Com a chegada da LGPD, mensagens como: “Nosso site usa cookies para melhorar a navegação. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com nossa Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais” se tornaram cada vez mais comuns.

 Apesar dessa mensagem frequente acabar frustrando muitos usuários, elas são parte da Lei nº 13.709, que representa um passo importante para a segurança dos brasileiros.

Se você ainda não sabe o que é a LGPD, esse texto pode lhe ajudar!

O que é a LGPD?

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, ela tem como objetivo definir regras “sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”

Ou seja, de forma resumida, a LGPD determina direitos, deveres e princípios que envolvem o uso de dados pessoais no Brasil. Vale ressaltar que dados pessoais, de acordo com o artigo 5º da legislação, são os que podem identificar uma pessoa, como números, características pessoais, qualificação pessoal, dados genéticos, entre outros.

Ela é bastante inspirada no General Data Protection Regulation (GDPR), que foi aprovado em 2018 na Europa. 

Por causa dela, todos que coletam, guardam e compartilham dados confidenciais de pessoas devem trabalhar com regras que garantem a segurança dessas informações. Já quem deixar de seguir essa legislação, vigente desde setembro de 2020, pode ser multado em 2% do faturamento, sendo que o limite da multa é de R$ 50 milhões por infração.

Quais são os principais objetivos da LGPD?

Apesar da proteção dos dados ser o principal ponto da LGPD, ela também possui outros objetivos como importantes pilares. São eles:

• Estabelecer regras claras sobre tratamento de dados pessoais, levando mais transparência aos cidadãos;
• Criar regras únicas sobre o tratamento de dados, que devem ser seguidas por todos os responsáveis pela coleta e uso de informações;
• Estimular a concorrência e a livre atividade econômica, inclusive com portabilidade de dados;
• Reforçar a segurança das relações jurídicas e a confiança do titular no tratamento de dados pessoais.

Qual a relação entre a LGPD e o marketing digital?

Agora que já abordamos a parte técnica (e um pouco chata) da LGPD, vamos falar sobre o que importa para você: a relação da Lei Geral de Proteção de Dados com o marketing digital.

Afinal, landing pages, formulários na internet, anúncios baseados em cookies e as mídias sociais são as principais formas de aquisição de dados valiosos para a criação estratégica de campanhas e ações.

Com a necessidade de criar um consentimento mais explícito, a LGPD traz pequenas mudanças na rotina do marketing. Para coletar o nome e e-mail de um cliente, por exemplo, agora é necessário explicar que aquela informação será usada para o envio de materiais sobre a marca.

Então, como adequar a sua rotina de marketing para encaixar essas mudanças?

• Coletar apenas os dados realmente relevantes e necessários para alcançar os objetivos traçados;
• Criar um caminho simples e intuitivo para os usuários cancelarem suas assinaturas em e-mails;
• Entender quais são as 10 bases legais que autorizam empresas a utilizarem dados cadastrados e adequar a sua base de leads para trabalhar dentro da lei.

Leia também: Jornada do Cliente em 5 passos

Entendeu como levar mais segurança e consentimento para o marketing digital?

A LGPD pode parecer um “bicho de sete cabeças”, mas após entender os principais pontos sobre consentimento e o uso legal de informações, ela pode se transformar em uma arma valiosa dentro da sua campanha de marketing.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, ouça o episódio sobre o tema no RedenBox, o podcast da Agência Reden. Nele, conversamos com o advogado Rodolfo Domingos. Você pode assistir através do nosso canal do YouTube ou na sua plataforma de preferência.